sexta-feira, 24 de junho de 2011

Algumas vezes cruzei a Saudade...


Mas na maioria das vezes, desci paralelamente. Sem me preocupar com a Saudade ao lado. Hoje, quando volto das companhias diárias num expresso para a solidão, eu passo pela Saudade. E todos os dias nessa vida que começa na morte, nessa via de mão única que desce, e não me esquece. E que chama Saudade. Que me leva pela metade. Porque já tem um tempo que eu não ando por aí completa. E, embora queira parecer discreta, quanto à essa dor concreta. Estou caindo aos pedaços, devido aos espaços entre você e eu. Enquanto você insiste que tudo morreu. E fico na vontade. À espreita de outra realidade que, quem sabe por ventura, cruze a Saudade.

*Saudade está com letra maiúscula porque é uma referência à avenida no bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto – SP e a saudade, aquela falta que aperta o peito.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Não peço que me entenda


Ou que me atenda
Se eu ligar de vez em quando
Para saber as novidades
Ou dividir as felicidades
Ou contar o que ando sonhando
Não peço que me espere
Se eu estiver atrasada
Ou aparecer na hora errada
Com a cara fechada
Não te peço nada

Mas agradeço se quiser ficar,
Entender, me fazer sorrir
E se me aceitar
Não vou ter nada mesmo pra pedir.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Próximo >>



A gente nunca fica completamente “à toa”, não é mesmo?
Um momento curtindo preguiça é um momento curtindo preguiça. E é sagrado. Se fosse à toa, poderia facilmente ser substituído por algo que se aproveitasse melhor.
Eis que em um momento à toa, descobri o “Próximo Blog”.
Ao acaso, como é mais gostoso, descobri coisas muito interessantes.
Próximo é o que vem em seguida, após, depois de algo. E não é legal ficar parado em um instante, por mais incrível que seja e que dê vontade de vivê-lo para sempre. Temos que dar espaço para o próximo. Fazer “durar infinitamente até a próxima vez” (do “próximo blog” From Hell).
Em, “Procurando Nemo”, o bordão “Continue a nadar” e em “A família do futuro”, o bordão “Siga em frente” (ambos da Disney/Pixar) apostam nessa ideia para as crianças. Então por que parece tão difícil quando se trata de nós?
Evitar a evolução. Isso não combina com a gente.
Então... Keep Walking.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Você quando ama é intensa


E livre
E só quem esse amor vive
Sabe a diferença

Você quando cuida, é imensa
E abraço de gente estranha
E olhar de gente amiga
É recompensa

Você em sua saudade
É metade
É simples e composta
É pergunta sem resposta

Eu sou figura de linguagem
E te sigo nessa viagem
De conhecimento sobre humano
Simplesmente porque te amo

* Nota: texto contido no cartão anexo ao presente que ganhei no dia dos namorados, de mim mesma

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Oi você que está aí fora...

Já percebi que você me percebe.
É, acabei te espiando também.
Pode ser que tenhamos esbarrado em algum corredor.
E o tempo se encarrega de nos apresentar de acordo, se merecermos.

Como está o tempo?
Se não gelar as pontas dos meus dedos, já é convidativo.
Se eu ganhar um abraço quando sair, melhor.
Porque eu vou te contar que aqui anda frio, vazio e triste.
Estou olhando pela fresta, você ainda está aí.
Acho que é hora de te deixar entrar...