Mas na maioria das vezes, desci paralelamente. Sem me preocupar com a Saudade ao lado. Hoje, quando volto das companhias diárias num expresso para a solidão, eu passo pela Saudade. E todos os dias nessa vida que começa na morte, nessa via de mão única que desce, e não me esquece. E que chama Saudade. Que me leva pela metade. Porque já tem um tempo que eu não ando por aí completa. E, embora queira parecer discreta, quanto à essa dor concreta. Estou caindo aos pedaços, devido aos espaços entre você e eu. Enquanto você insiste que tudo morreu. E fico na vontade. À espreita de outra realidade que, quem sabe por ventura, cruze a Saudade.
*Saudade está com letra maiúscula porque é uma referência à avenida no bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto – SP e a saudade, aquela falta que aperta o peito.