Hoje, com identificadores de chamadas, não há mais brincadeira. Ao primeiro toque, a surpresa acaba, a chamada é curta, a voz é esquecida. Não sabemos mais com quem estamos conversando, se não olharmos no visor. É a tecnologia atrofiando nossos sentidos. Tirando o arrepio da descoberta de quem está do outro lado da linha.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Sem voz
Dizem que a voz do povo é a voz de Deus. Mas alguém já ouviu alguma das duas em questão? Digo, escutar mesmo. Porque ouvir é fácil. Falar também. E o povo quer dizer... e ser escutado. Não sabemos dizer com precisão se é grave ou aguda, ou até mesmo se há resposta. Quando criança, éramos vítimas daquelas brincadeiras em que tapavam nossos olhos para que adivinhássemos quem estava atrás da gente. E era difícil errar, mesmo com tantas imitações. As risadas denunciavam.
Hoje, com identificadores de chamadas, não há mais brincadeira. Ao primeiro toque, a surpresa acaba, a chamada é curta, a voz é esquecida. Não sabemos mais com quem estamos conversando, se não olharmos no visor. É a tecnologia atrofiando nossos sentidos. Tirando o arrepio da descoberta de quem está do outro lado da linha.
Hoje, com identificadores de chamadas, não há mais brincadeira. Ao primeiro toque, a surpresa acaba, a chamada é curta, a voz é esquecida. Não sabemos mais com quem estamos conversando, se não olharmos no visor. É a tecnologia atrofiando nossos sentidos. Tirando o arrepio da descoberta de quem está do outro lado da linha.
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