Não dá pra viver vicariamente.
domingo, 21 de julho de 2013
Embriaguez
A madrugada embriaga. E os pensamentos fluem como aqueles que descem com a água do chuveiro. Por que ele? Por que não? E entre o medo da sorte ou do azar, a gente acaba pensando que gosta da solidão. Parece? Talvez. Então talvez eu goste. Mas se a solidão é a sensação de vazio, como alcançá-la de cabeça cheia? Esvaziar. Colocar para fora. Palavra, som, suor, lágrima. E, se houver resposta, já não há mais solidão. Só escuridão. Quem sabe, recordação. Ou não. Hábitos... de vestir, de comer, de pensar que a companhia é essencial. Em corpo, alma, mãos dadas, eu-te-amos, só-vou-se-você-for... Não é por mal, o mundo prega, cabe a nós bater ou não esse martelo e arriscar a probabilidade dos calos nas mãos ou massagem nos pés. Calo é resistência. Massagem é vulnerabilidade. Pontos de vista. Ou invista nos pontos.
Não dá pra viver vicariamente.
Não dá pra viver vicariamente.
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