Amanhece e nem sinal das serpentinas. Há apenas algumas horas, a festa prometia não ter fim.
Parece até que foi ontem.
Tudo era cor, som, suor e sorrisos. Até mesmo de quem culpa religiões, política e a sociedade pelos feriados, mas que os aproveita como se não houvesse uma quarta feira de cinzas para o retorno ao trabalho.
Pouco antes do meio dia, ruas lotadas, caras amarradas. O sorriso também se foi. As máscaras, nem todas. Trabalhar é preciso. Lógico, porque quem irá atender todas aquelas pessoas irritadas que acordaram com um desejo absurdo de sair de casa e passear pelas lojas, e parcelar, e reclamar que o comércio não abriu cedo? Sim, porque o mundo festeja e ninguém toma conta do caixa, da segurança e das vendas dos antiácidos. Imagina na copa. A la la ô.