Faz quase um mês que não passo por aqui. E não é porque não tenho o que escrever. Só não deu tempo mesmo. Já comentei que escrevo mais quando tô angustiada, e quando tô feliz eu sumo, né? Mas não foi o caso. Tive muitas boas ideias, bastante trabalho, altas bads, choros descontrolados, terapia. E, pra quem ficou pensando se arrumei um amor e não vim contar, por isso sumi, sinto informar, mas isso também não aconteceu ainda. Quando acontecer, prometo que conto tudo.
É que tá meio difícil apaixonar, sabe? Daquele jeito que me pegava antes. E nem é porque me falta sensibilidade, só não tá acontecendo mesmo. Paciência.
Hoje um amigo postou um vídeo tocando uma música que desbloqueou um milhão de coisas na minha cabeça. Fiquei tão emocionada, botei a música no spotify e ouvi muitas vezes em sequência. Nunca faço isso. Tenho playlists, gosto de ouvir álbuns inteiros, aí sim repetir talvez. Mas nunca a mesma música várias vezes. Aí lembrei de outro amigo, de quando a gente conversa e fala que sem música não dá pra viver bem, que falta trilha sonora pra nossa vida.
Esses dias não consegui segurar o choro em público. Eu nem sei o motivo. Aí pessoas que eu não imaginava o tamanho da conexão que a gente tinha construído, me acolheram de uma forma tão boa, me senti tão importante.
Eu acho que o amor dos amigos tá fluindo de um jeito ultimamente que o amor romântico não tá conseguindo ser relevante. Deve ser isso. Mas continuo querendo. Acho que, mesmo que eu não me sinta tão pronta (será que alguém tá?), sei que tô disposta. Eu mereço um chamego. Pode vir.
*a música chama "Trem do Pantanal" e eu gosto na voz do Almir Sater. Talvez muita gente não imagine que eu também gosto de música assim. Principalmente quem leu os posts bem antigos desse blog, que tem músicas junto com os textos. Mas é aquela coisa, uma trilha sonora diferente para cada momento da vida.