Então vamos lá... tentar uma abordagem diferente.
Geralmente as ideias vem no meio da noite e, neste momento, geralmente eu estou deitada com um bloco de papel que "dorme" ao meu lado e uma caneta. E não estranharia se meu rosto acordasse riscado qualquer dia desses. Bom, o costume é rabiscar a ideia primitivamente no papel, no dia seguinte digitá-la no em qualquer editor de textos, salvar e jogar no blog. Mas vamos tentar sair do tradicional. Estou neste momento digitando diretamente na caixa de postagens. Por acaso a inspiração aconteceu em um momento em que eu estava acordada, o que facilitou.
Outro dia um professor meu de História geral que me deu aulas no cursinho, percebendo a tristeza da solidão no meu rosto, disse que esse era o momento pra eu me dedicar à criação, pois esta fluiria melhor. Lembrei de um poema que me deu a segunda colocação em um concurso literário no colégio, em que eu defendia que a mágoa me inspirava. Na verdade, percebi que qualquer sentimento forte, do tipo que não te deixa dormir, inspira e quanto pior for, melhor o resultado. Parece estranho. Mas lembre-se que as vezes o normal é que incomoda.
Velhos reclamando incomodam, assim como gordos na sua frente da fila, ou crianças chorando dentro de um ônibus, vendedores ambulantes te empurrando canetas no calçadão, pessoas desfilando com camisas de outros times que não são o seu, testemunhas de Jeová....
Enfim, tudo que irrita, inspira. Faz criar. No mínimo uma piada.
De onde nós, cronistas, apaixonados pela linguagem, tiramos as ideias? De pobres mortais como nós mesmos. Do comportamento humano, ou a falta dele. Das observações diversas sobre a maneira como todos se manifestam. Nós somos uma piada porque nos tornamos isso. Aposto que Deus não pensou nisso quando disse "sua imagem e semelhança". E desde quando piada é uma coisa ruim? Se nos faz rir....