Já
fiz de tudo. Ou quase.
Beijei
o primeiro que me empurraram, fui pra balada, não fui pra balada.
Passei
um tempo em casa... refletindo, assistindo filmes, comendo pipoca com manteiga,
com caramelo. Fiz terapia, parei a terapia. Procurei terapias alternativas.
Ainda não comecei nenhuma. Pensei em medicamentos. Não
comprei nem tomei nenhum. Me empolguei com poucas coisas, perdi a vontade de
muitas. Comprei livros novos. Estou lendo dois. Música continua sendo de
extrema importância. Você também. Passei noites sem dormir e dias sem comer.
Peguei receitas novas, fiz e convidei amigos para experimentar. Conheci tanta
gente que aqui não vai caber. E nada de te esquecer.
***
Você
continua aí. Vidinha normal, mundinho bacana. Quase não sai. Quando sai, não
curte de verdade, mas engana bem. Não gosta de quem é, não sabe o que quer. Mas
tem tudo na mão. Inclusive eu. Rosto lindo, porte ‘’acadêmico’’, cabeça cheia.
Educação e oratória nota mil. Idéias boas, mas planos constantemente adiados.
Parou de sonhar, parou de querer mais. É menino. Acha que não merece. E eu
confio. E apoio. E te contemplo, razão do meu viver. E você, nada de me querer.