Acabou. Acabou o ar.
E você, hein, coração, tinha
que se manifestar?
Disparar que nem um estilingue
dentro do meu peito?
Parecia até um alarme de
incêndio. Exceto pelo fato de que não havia fogo. Só gelo.
E a pressão caiu. Lembrando da
pressão dos seu corpo no meu.
Nem vou perguntar o porquê
disso tudo.
Não vou encher minha cabeça com
questionamentos que já sei que ninguém vai responder.
Quando não há muito o que
contar, não há o que sentir. Ou há?
Sem olhos nos olhos, nem memória
do olfato, nem música só nossa.
Apenas um acordo.
E muitas surpresas no caminho.
E pernas que não respondem,
tropeços não programados, sustos daqueles que a gente ri muito depois...
E falta de ar...