É a sensação dos dias em que acordo querendo chamar alguém de amor e planejar uma sala de estar. Preparar uma receita e pegar no ar aquele beijo jogado com o canto da boca, o coração aos pulos, enquanto nossos sonhos flutuavam entre os aromas da cozinha. É sua mão na minha dentro do cinema, é o cheiro de café... ou do cappuccino do posto nas nossas madrugadas. Sou eu fazendo você dançar na pista de uma balada. É você me tirando o fôlego e me ensinando que dá pra dizer muito sem precisar falar nada. É o setor de filosofia, são os corredores da livraria. E a vontade de ser sua, antes mesmo de você me notar. Porque agora não adianta mais te amar. Nossos corpos imãs e nossos pensamentos estão soltos... longe um do outro.
Sou eu entendendo que não é mais você.
Devia ser medo de começar do zero.