domingo, 15 de março de 2015

Ninguém me ama, ninguém me quer


Em tempos de “ninguém me ama, ninguém me quer”, a vida continua passando na mesma velocidade. E, pasmem, as pessoas nos amam, e nos querem! Mas custa especificar que não estamos falando de todo mundo, que não estamos globalizando a reclamação e abrindo vagas. Custa admitir para nós mesmas que, “ele não me ama, ele não me quer”. Porque se não for “ele”, certamente a máxima permanecerá. Custa explicar que o destinatário não é todo mundo. Aliás, talvez nem seja desse mundo. Posto que, no romance, quem atrai sua atenção, geralmente está em um pódio intergaláctico, sorrindo com os dentes mais brancos que o Ken e combina mais com você do que queijo com goiabada (se é que isso é possível). Custa sim! Custa a nossa posição de coitada, no ranking dos rejeitados, onde o sucesso parece proibido. E, em qualquer mundo que seja, a história vai se repetir, se você não se amar e não se querer.



Queen - Somebody to Love

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