A ansiedade tomava conta há três dias...
O coração parecia uma bomba,
queria explodir,
desarmar pra não assustar....
desamar
amar
A cabeça fervilhava com uma unica pergunta.
As mãos, agitadas, se debatiam, sem rumo.
Na fala, gaguejava.
No silêncio, contemplava.
No olhar, uma carência
mas não era carência só de amor
era de companhia
da companhia dele
Nesse momento, ela compraria um drops de si mesma, num semáforo qualquer.
É como tampar goteira...
Quando tenta não pensar, sente
Quando tenta não sentir, pensa
E sofre...
A rejeição ficou "subentendida"
E o coração permaneceu perdido
E a despedida,
como toda despedida
Cada um pra um lado
e os dois pra longe
E foi como se estivessem arrancando um pedaço, aos poucos
E não sobrasse nem ar
para respirar
ou assoprar de volta
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Empirismo
Eu tentei não querer escrever sobre isso.
Tentei não pensar também.
Mas então amanheceu mais um dia dezenove.
Tentei também não me ligar à datas.
As borboletas não deixaram, elas nunca deixam.
Tentei fingir que elas não existiam.
E meu pensamento foi brutalmente levado para uma caçapa... de uma mesa de sinuca.
Tentei acabar com o jogo dentro da minha cabeça.
Mas não com você.
Tentei....e falhei.
E de tanto tentar não amar... cada dia eu amo mais.
Tentei não pensar também.
Mas então amanheceu mais um dia dezenove.
Tentei também não me ligar à datas.
As borboletas não deixaram, elas nunca deixam.
Tentei fingir que elas não existiam.
E meu pensamento foi brutalmente levado para uma caçapa... de uma mesa de sinuca.
Tentei acabar com o jogo dentro da minha cabeça.
Mas não com você.
Tentei....e falhei.
E de tanto tentar não amar... cada dia eu amo mais.
Boa ideia!
A Galileu desse mês nos convida a descobrir "De onde vêm as boas ideias". Parece batido. Mas é a Galileu. Comprei. Pareceu uma boa ideia na hora. Esqueci que já assinava pra minha irmã. Pois é. Já não era mais uma ideia tão boa, afinal.
E como eu estava sem ideia...
A matéria defende que "raramente elas surgem da cabeça de uma só pessoa".
Incubação e ambiente ajudam no desenvolvimento, até o "momento Eureca".
Confesso que passei os olhos pela revista e acabei não lendo na íntegra. Essa não era a ideia. Mas já deu uma ideia sobre o que escrever.
Boas ideias vem de todos os lugares, não necessariamente ao mesmo tempo, é preciso tem paciência para reunir as diferentes faces das diversas informações que recebemos todos os dias, afim de ter bagagem suficiente para defendê-las.
Algumas pessoas não fazem ideia do que é um processo criativo, mas participam dele o tempo todo. E não acho que seja uma boa ideia que sejam despertadas para tal, já que as melhores ideias partem da ignorância, sem ofensas.
Acho que prefiro continuar com meus posts "sentimetalóides" por enquanto porque já não tenho mais ideia do que estou escrevendo.
E como eu estava sem ideia...
A matéria defende que "raramente elas surgem da cabeça de uma só pessoa".
Incubação e ambiente ajudam no desenvolvimento, até o "momento Eureca".
Confesso que passei os olhos pela revista e acabei não lendo na íntegra. Essa não era a ideia. Mas já deu uma ideia sobre o que escrever.
Boas ideias vem de todos os lugares, não necessariamente ao mesmo tempo, é preciso tem paciência para reunir as diferentes faces das diversas informações que recebemos todos os dias, afim de ter bagagem suficiente para defendê-las.
Algumas pessoas não fazem ideia do que é um processo criativo, mas participam dele o tempo todo. E não acho que seja uma boa ideia que sejam despertadas para tal, já que as melhores ideias partem da ignorância, sem ofensas.
Acho que prefiro continuar com meus posts "sentimetalóides" por enquanto porque já não tenho mais ideia do que estou escrevendo.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Quando é uma boa hora para escrever?
Definitivamente não é agora.
Garota apaixonada, desiludida, acaba de chorar os 75% de água de seu corpo... só sobrou o amor, é o que sempre sobra. Ele, magrelo, desengonçado, orelhudo, narigudo.... o grande motivo.
"Príncipe, "duminhoco", lindo, amor da minha vida"
"Pri(ncesa), luz do meu sonho, meu amor"
Não sei o que estou sentindo. Nem o que estou escrevendo. Só sei o que eu quero. Quero você! Quero sentir você me sentindo de novo. Você me querendo. Todas as descobertas que fizemos juntos. E as que ficaram pra depois, quando não houve mais depois. Os planos que foram adiados, e que talvez não sejam realizados. As promessa e as palavras. Os sonhos. Os bombons de leite Ninho. A coleção de DVD's.
Mufasa! porque lembrei dele agora? Ah sim, inspiração... do que não se deve fazer. "Simba, isso tudo será seu". e depois o que acontece? Ele morre. E o Simba, fica sozinho e infeliz.
3 meses! Experiência? I-N-S-A-T-I-S-F-A-T-Ó-R-I-A... Não estou pronta para ser efetivada nessa função de ficar sem você, de qualquer forma que seja.
"Agora que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer".
"I'll say goodbye to love, no one ever care if I should live or die time and time again".
Anyway, acho que vou acabar apagando esse post...ou não. Ele não vai ler mesmo. Ele não está nem aí pra mim. Mas eu amo, eu amo mesmo. Meu Bacharel Vagabundo.
"E pra terminar, dizer que o amor chegou ao fim, esqueça de me perguntar se ainda há amor em mim"
Garota apaixonada, desiludida, acaba de chorar os 75% de água de seu corpo... só sobrou o amor, é o que sempre sobra. Ele, magrelo, desengonçado, orelhudo, narigudo.... o grande motivo.
"Príncipe, "duminhoco", lindo, amor da minha vida"
"Pri(ncesa), luz do meu sonho, meu amor"
Não sei o que estou sentindo. Nem o que estou escrevendo. Só sei o que eu quero. Quero você! Quero sentir você me sentindo de novo. Você me querendo. Todas as descobertas que fizemos juntos. E as que ficaram pra depois, quando não houve mais depois. Os planos que foram adiados, e que talvez não sejam realizados. As promessa e as palavras. Os sonhos. Os bombons de leite Ninho. A coleção de DVD's.
Mufasa! porque lembrei dele agora? Ah sim, inspiração... do que não se deve fazer. "Simba, isso tudo será seu". e depois o que acontece? Ele morre. E o Simba, fica sozinho e infeliz.
3 meses! Experiência? I-N-S-A-T-I-S-F-A-T-Ó-R-I-A... Não estou pronta para ser efetivada nessa função de ficar sem você, de qualquer forma que seja.
"Agora que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer".
"I'll say goodbye to love, no one ever care if I should live or die time and time again".
Anyway, acho que vou acabar apagando esse post...ou não. Ele não vai ler mesmo. Ele não está nem aí pra mim. Mas eu amo, eu amo mesmo. Meu Bacharel Vagabundo.
"E pra terminar, dizer que o amor chegou ao fim, esqueça de me perguntar se ainda há amor em mim"
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
"Viver sem sonhar, eu já não consigo acreditar"
Dizem que sou "all fairy tales".
Apaixonada, crença sobrehumana em príncipes encantados e tranças...
Simples assim, sem frescura, sem sapatinhos de cristal, sem maçã envenenada, sem ter que voltar antes da meia-noite (faça-me o favor!)...
O título do post refere-se à uma animação britânica exibida pela TV Cultura na década de 90, "Pedra dos sonhos". O tema de abertura, composto pela Orquestra Filarmônica de Londres, diz: "Em preto e branco eu não gosto de viver, eu quero o mundo colorido ver."
E é assim que eu vejo o mundo, colorido! Lindo, como um baile de primavera!
E o tremor debaixo dos meus pés... sobe até a garganta de vontade de gritar que eu te amo!
E não importa o que digam, a coragem para ir atrás do que eu quero é a mesma que uso para rebater quem acha que não devo fazê-lo.
Sou uma princesa em extinção. E em evolução constante. Pois quem acredita em príncipe, só pode estar destinada a se tornar rainha.
Apaixonada, crença sobrehumana em príncipes encantados e tranças...
Simples assim, sem frescura, sem sapatinhos de cristal, sem maçã envenenada, sem ter que voltar antes da meia-noite (faça-me o favor!)...
O título do post refere-se à uma animação britânica exibida pela TV Cultura na década de 90, "Pedra dos sonhos". O tema de abertura, composto pela Orquestra Filarmônica de Londres, diz: "Em preto e branco eu não gosto de viver, eu quero o mundo colorido ver."
E é assim que eu vejo o mundo, colorido! Lindo, como um baile de primavera!
E o tremor debaixo dos meus pés... sobe até a garganta de vontade de gritar que eu te amo!
E não importa o que digam, a coragem para ir atrás do que eu quero é a mesma que uso para rebater quem acha que não devo fazê-lo.
Sou uma princesa em extinção. E em evolução constante. Pois quem acredita em príncipe, só pode estar destinada a se tornar rainha.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Tem coisas que a gente não consegue apagar no Photoshop.
O seu sorriso tomando café de madruga num posto, a sua mão segurando na minha dentro do cinema...
As pessoas fazem parte da nossa vida... Elas passam, às vezes até vão embora, mas todo mundo deixa alguma coisa, nem que seja um cuspe... ou uma coletânea de dance music... e talvez até fiquem devendo uma discografia do Pink Floyd.
Algumas são como uma criança teimosa fingindo que não sabe que a tomada dá choque e coloca o dedo lá.
Mas ela não merece tomar choque, ela precisa aprender a viver primeiro e saber que há outros lugares que ela pode colocar o dedo, e quem sabe, fazer mágica!
Só que é muito mais fácil alcançar a tomada, ela já está ali mesmo.
Além disso, talvez ainda não acredite em mágica.
Sabe aquelas pessoas que preferem perguntar que horas são ao invés de olhar no relógio?
É isso.
Quando ninguém responde as horas, ela perde a noção do tempo.
E você vai privá-la do aprendizado, dizendo as horas sempre que lhe for perguntado?
“É hora de acordar,... e crescer”
E quem me conhece, sabe como eu sou... Se o relógio não estiver perto, eu corro atrás do coelho!
O que posso dizer? É apenas um ponto de vista de quem andou pensando um pouco, já que não tinha mais pra quem responder as horas.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Inspirações e transpirações
Então vamos lá... tentar uma abordagem diferente.
Geralmente as ideias vem no meio da noite e, neste momento, geralmente eu estou deitada com um bloco de papel que "dorme" ao meu lado e uma caneta. E não estranharia se meu rosto acordasse riscado qualquer dia desses. Bom, o costume é rabiscar a ideia primitivamente no papel, no dia seguinte digitá-la no em qualquer editor de textos, salvar e jogar no blog. Mas vamos tentar sair do tradicional. Estou neste momento digitando diretamente na caixa de postagens. Por acaso a inspiração aconteceu em um momento em que eu estava acordada, o que facilitou.
Outro dia um professor meu de História geral que me deu aulas no cursinho, percebendo a tristeza da solidão no meu rosto, disse que esse era o momento pra eu me dedicar à criação, pois esta fluiria melhor. Lembrei de um poema que me deu a segunda colocação em um concurso literário no colégio, em que eu defendia que a mágoa me inspirava. Na verdade, percebi que qualquer sentimento forte, do tipo que não te deixa dormir, inspira e quanto pior for, melhor o resultado. Parece estranho. Mas lembre-se que as vezes o normal é que incomoda.
Velhos reclamando incomodam, assim como gordos na sua frente da fila, ou crianças chorando dentro de um ônibus, vendedores ambulantes te empurrando canetas no calçadão, pessoas desfilando com camisas de outros times que não são o seu, testemunhas de Jeová....
Enfim, tudo que irrita, inspira. Faz criar. No mínimo uma piada.
De onde nós, cronistas, apaixonados pela linguagem, tiramos as ideias? De pobres mortais como nós mesmos. Do comportamento humano, ou a falta dele. Das observações diversas sobre a maneira como todos se manifestam. Nós somos uma piada porque nos tornamos isso. Aposto que Deus não pensou nisso quando disse "sua imagem e semelhança". E desde quando piada é uma coisa ruim? Se nos faz rir....
Geralmente as ideias vem no meio da noite e, neste momento, geralmente eu estou deitada com um bloco de papel que "dorme" ao meu lado e uma caneta. E não estranharia se meu rosto acordasse riscado qualquer dia desses. Bom, o costume é rabiscar a ideia primitivamente no papel, no dia seguinte digitá-la no em qualquer editor de textos, salvar e jogar no blog. Mas vamos tentar sair do tradicional. Estou neste momento digitando diretamente na caixa de postagens. Por acaso a inspiração aconteceu em um momento em que eu estava acordada, o que facilitou.
Outro dia um professor meu de História geral que me deu aulas no cursinho, percebendo a tristeza da solidão no meu rosto, disse que esse era o momento pra eu me dedicar à criação, pois esta fluiria melhor. Lembrei de um poema que me deu a segunda colocação em um concurso literário no colégio, em que eu defendia que a mágoa me inspirava. Na verdade, percebi que qualquer sentimento forte, do tipo que não te deixa dormir, inspira e quanto pior for, melhor o resultado. Parece estranho. Mas lembre-se que as vezes o normal é que incomoda.
Velhos reclamando incomodam, assim como gordos na sua frente da fila, ou crianças chorando dentro de um ônibus, vendedores ambulantes te empurrando canetas no calçadão, pessoas desfilando com camisas de outros times que não são o seu, testemunhas de Jeová....
Enfim, tudo que irrita, inspira. Faz criar. No mínimo uma piada.
De onde nós, cronistas, apaixonados pela linguagem, tiramos as ideias? De pobres mortais como nós mesmos. Do comportamento humano, ou a falta dele. Das observações diversas sobre a maneira como todos se manifestam. Nós somos uma piada porque nos tornamos isso. Aposto que Deus não pensou nisso quando disse "sua imagem e semelhança". E desde quando piada é uma coisa ruim? Se nos faz rir....
terça-feira, 19 de outubro de 2010
19 de outubro... terça feira e nada mais
Às vezes eu queria te odiar
Te transformar em risco e apagar
Em poeira e assoprar
Te arrancar de mim e atirar
Longe... Ao mar
E não mais lembrar
Não ficar a imaginar
Ou esperar você voltar
De algum lugar
Onde eu não posso mais entrar
Mas eu preciso aceitar
Porque é assim que vai continuar
Sem aquele seu olhar
E sem você pra me abraçar
Só que uma coisa ninguém vai me tirar
O fato de eu te amar...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Sem você
Fiz tudo o que pude, sim
Para quem era tudo para mim
Tentei até não pensar em você
Tanto quanto você não pensava em mim
Eu sem você
Sou uma semana com final surpresa
Um cardápio só de sobremesa
Uma música que troca de ritmo na metade
Eu sem você
Sou eu mesma com certeza
Comigo na alegria e na tristeza
Na saúde ou na sua saudade
Eu com você
Sou coração, emoção
Sem você sou vontade
E o amor que me invade
Não tem razão, explicação
Ou prazo de validade
E será que merece resposta
Essa mortal que lhe dedica
Antes que você esqueça se gosta
E você sem mim, como fica?
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Eu era feliz... e eu sabia
Eu era feliz
E eu sabia
Só não conseguia
Fazer tão feliz
Quem eu mais queria
E nesse conto não há mais fadas
Nem mãos dadas, nem namoradas
Nem corpos entrelaçados
Ou olhos semicerrados
Não é só o sapo que fica à espera
Do beijo mais apaixonado
Enquanto a princesa se recupera
Do chute do namorado
O final feliz é triste
Porque não há quem acredite
Que se possa ser feliz
Sendo o final um final
E o que sobra com a saudade?
Olhos inchados
Mãos vazias
E um coração sem saber o que é
Sonhos desperdiçados
A falta da sua companhia
E um cheiro de café...
Porque eu te amo, e agora?
Se esse amor não vai embora
Como você fez
E nesse conto sem bravos soldados
Príncipes-sapos ou namorados
Só resta o “Era uma vez”
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Não paro de pensar em você
E, ultimamente, tenho pensado mais em você do que nele, que eu amo demais; ou nelas que eu também amo e não consigo me imaginar sem. Ou mesmo em mim.
É bem provável que muitas outras pessoas estejam pensando assim como eu. E talvez até com essa intensidade. Ou mais. Só queria que todos nós tivéssemos pensado tanto assim quando você estava mais... próxima.
Não sei se é o medo, ou se foi o “quando” ou “como” tudo aconteceu. Só sei que tudo isso está muito além do que eu compreendo. Então pode ser que agora fique mais fácil para você entender melhor, já que você está aí... além.
E eu precisava escrever... para você e para quem quisesse ler porque essa é a forma que eu encontro de desabafar e tirar isso de mim. Mesmo porque imagino que você preferiria que cada um seguisse sua rota porque você deve estar bem aí, certo?
Então, vê se dá uma olhadinha aqui embaixo de vez em quando e cuida daquelas pessoinhas que você sabe muito bem quem são.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Quando o espetáculo acaba
E as cortinas se fecham
Alguns saem rapidamente
Sem se darem conta do que assistiram
Outros correm para os autógrafos
E há, ainda, os que continuam sentados
E esperam pela surpresa
O “Grand Finale”
E não precisa vir do palco
Podem ser as luzes
Pode ser o som dos aplausos
A conversa no saguão de entrada...
O importante é que faça rir
E que seja bem aproveitado
Porque no final
Até mesmo os artistas
Se curvam para a plateia.
(saudades de você)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Blogo, logo existo.
Simples assim: a era da internet facilitou o acesso às outras pessoas, às compras, aos serviços, aos cursos de ensino à distância.
Tudo muito lindo!
Quando cansados de alguém, é preciso apenas desconectar. Mas, se isso parecer uma atitude muito seca e que faça se sentir culpado, basta simplesmente tirar o volume e sair de perto da máquina ou continuar navegando em outros interesses. Isso fará com que a pessoa do outro lado pense que é importante.
Sim, hoje não precisamos sair para a balada, temos o second life. As contas são pagas pelo ibank. Nos alimentamos pelo “idelivery”. Nos divertimos com o e-commerce.
Era dos “es” e “is”.
O “e” representa a junção, o “i” é o egoísmo, a solidão. “I do, I want, I’m giving a shit”.
Nossos amigos “para a vida toda” como os amigos do Bruno, personagem de John Boyne em “O menino do pijama listrado” não estão no orkut. Na verdade, eles podem não estar em lugar nenhum. E talvez seja a aproximação da família ou pelo menos das pessoas que conhecemos de verdade, que podemos tocar. Porque fica um pouco difícil se fazer entender. Até mesmo nesse texto sem pé nem cabeça.
É um post para que os posts sejam entendidos.
Acho que blogs são para isso. Jogamos nossos interesses na rede. Eventualmente alguém pode se interessar. É como desabafar com a melhor amiga. A gente se sente mais leve. E não se aplica apenas às coisas ruins.
Então como contar um super final de semana inesquecível para pessoas que a gente nem sequer conhece. Ou que não faz a mínima ideia de quem são as pessoas de quem estamos falando?
Se começar a explicar fica formal demais e o evento perde a graça.
Isso é o tipo de coisa que se classifica como “um segredinho”, algo “só nosso”... e que traz o gostinho especial das pequenas coisas da vida.
E... fim, por enquanto, eu acho.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Nota de um feriado desconhecido
Eis que o telão da vida
Que imita a ficção
Encenada e assistida
Da vitrine da liquidação
Reproduz... luz,
Câmera e ação
Rotina, stress, impaciência
E muita reclamação
Porque das desgraças
Desde o trânsito
Aos efeitos da natureza
Existe uma explicação
Que como um derrame cerebral
Formiga os lábios da população
Que culpam a legislação
Mas se os prazeres também fossem leis
Como disse Nando Reis
“O mundo é bão Sebastião”.
20 de janeiro - Dia de São Sebastião
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
É só amanhã!
Ziraldo escreveu que o tempo era amigo do menino maluquinho, ele inventava horas a mais para o garoto.
Na página seguinte, a ilustração de um relógio com vinte algarismos.
Centro da cidade de Ribeirão Preto, entre 17h30 e 18h, aproximadamente 30º.
Meninos e meninas maluquinhas travando conhecimento, confortavelmente, em cadeiras de plástico. Uma fila desajeitada decorando a passagem. Um happy hour e tanto!
“Olha a água!”, “Vai um pastelzinho, dotô”
A criatividade formava círculos, semi círculos, fileiras. Como uma sala de aula improvisada, onde se aprende mais observando do que participando, talvez. Ou um teatro em reforma, desmanchando-se na tragédia da vida pública.
Consumismo.
Culpa e/ou glória de D. Luiza? De H.G. Wells? Nenhum. Ou os dois. Além das massas manipuláveis e as maiorias silenciosas.
Mas a intenção não é procurar culpados, e sim consumidores... Compulsivos, desesperados. A ponto de passar a noite na porta da loja. Porque é só amanhã. E amanhã é apenas um dia. O jantar das crianças pode esperar, o banho também. Afinal 30º não faz efeito nenhum em um corpo, já que tem uma lavadora novinha (e barata) esperando lá dentro, e que pode ser parcelada.
E é à sombra das parcelas que a vida tem sentido. A morte demora a chegar para àqueles que parcelam. Ela trabalha disfarçada no crediário.
O varejo inventa parcelas assim como o relógio do menino maluquinho inventa horas. E os consumidores recebem benefício duplo. Parcelam seu tempo e suas compras. E passam a noite em frente à loja reclamando que não tem tempo para nada.
Mas maluquice mesmo é usar uma panela na cabeça.
A fila anda, pessoal.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Uma nota de ano novo: Priscila decide não morrer.
Quem não se sente animado em uma segunda feira, após um feriado prolongado que marcou o início de um novo ano, dois anos antes do suposto “fim do mundo”? Revigorante mesmo é acordar bem cedo, depois de tudo isso e pensar: “Hora de trabalhar”, “começar mais um regime”, “arrumar namorado”. E reconfortante mesmo é não precisar pensar: “Hora de começar minha quimioterapia”.
Adoramos essas segundas feiras, não é mesmo? Todos nós e o Garfield!
Mas essa segunda foi de primeira!
Acordei! E como um bom livro de auto ajuda descreveria: Fique feliz, você acordou! Nem todas as pessoas tem esse imenso privilégio! Mantenha sua luz acesa nesse dia tão iluminado!
Por isso então, as campanhas de racionamento de energia! Livros de auto ajuda sempre estão entre os mais vendidos. São curtos, baratos, a Veja os adora e podem ser encontrados em qualquer loja de conveniência. Conveniente? Hum...não sei.
Se o dia está iluminado, para que manter a luz acesa? É desperdício! Ou “fogo no rabo”. O que pode explicar a “luminosidade”.
Depois desejei um bom dia à todos, o que não acontecia com freqüência, e pensei: “Amanhã é terça e logo, quarta, que já é metade da semana... daí para o final é um pulo. Que otimismo! E não é que hoje já é terça... Parece mesmo que esse ano vai voar. E se eu fosse um guru daqueles que escrevem para periódicos de baixo valor comercial, diria para que jogássemos na borboleta, porque ela voa. E, se a borboleta ganhasse, a explicação seria bem lógica: A aura do vencedor brilhou no exato momento em que a borboleta chinesa de três asas teve sua menarca.
Mas nunca, nunca mesmo alguém atribuiria a glória ao ceguinho que grita “Borboleta” há uns 35 anos, sentado na porta da casa lotérica do calçadão.
É, nós vivemos num mundo lindo, em que os lixeiros batem papo e riem trabalhando à noite. E eu nunca ouvi nenhum deles dizendo que alguma coisa não está cheirando bem.
Então porque mesmo a Veronika deciciu morrer?
Acho que ela só não sabia viver. A maioria de nós não sabe.
Então quando chega uma das chances de aprender, a gente lembra que tem as melhores e mais lindas irmãs do mundo, o namorado que sempre sonhou e, principalmente, que ainda dá tempo de chegar onde a gente quer.
Por isso, eu decido viver!
Feliz 2010!
Adoramos essas segundas feiras, não é mesmo? Todos nós e o Garfield!
Mas essa segunda foi de primeira!
Acordei! E como um bom livro de auto ajuda descreveria: Fique feliz, você acordou! Nem todas as pessoas tem esse imenso privilégio! Mantenha sua luz acesa nesse dia tão iluminado!
Por isso então, as campanhas de racionamento de energia! Livros de auto ajuda sempre estão entre os mais vendidos. São curtos, baratos, a Veja os adora e podem ser encontrados em qualquer loja de conveniência. Conveniente? Hum...não sei.
Se o dia está iluminado, para que manter a luz acesa? É desperdício! Ou “fogo no rabo”. O que pode explicar a “luminosidade”.
Depois desejei um bom dia à todos, o que não acontecia com freqüência, e pensei: “Amanhã é terça e logo, quarta, que já é metade da semana... daí para o final é um pulo. Que otimismo! E não é que hoje já é terça... Parece mesmo que esse ano vai voar. E se eu fosse um guru daqueles que escrevem para periódicos de baixo valor comercial, diria para que jogássemos na borboleta, porque ela voa. E, se a borboleta ganhasse, a explicação seria bem lógica: A aura do vencedor brilhou no exato momento em que a borboleta chinesa de três asas teve sua menarca.
Mas nunca, nunca mesmo alguém atribuiria a glória ao ceguinho que grita “Borboleta” há uns 35 anos, sentado na porta da casa lotérica do calçadão.
É, nós vivemos num mundo lindo, em que os lixeiros batem papo e riem trabalhando à noite. E eu nunca ouvi nenhum deles dizendo que alguma coisa não está cheirando bem.
Então porque mesmo a Veronika deciciu morrer?
Acho que ela só não sabia viver. A maioria de nós não sabe.
Então quando chega uma das chances de aprender, a gente lembra que tem as melhores e mais lindas irmãs do mundo, o namorado que sempre sonhou e, principalmente, que ainda dá tempo de chegar onde a gente quer.
Por isso, eu decido viver!
Feliz 2010!
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