outras só mágoa, mas geralmente é com a mágoa que vêm a primeira inspiração e, quase sempre, a melhor.
Várias pessoas dizem que escrevo bem. Já ouvi também que uma boa redatora deve saber bem a gramática e que um bom texto é aquele que contém frases dignas de se transformar em títulos. Mesmo assim, o que me motiva, sinceramente não é a gramática que aprendi nos livros didáticos. A escrita é, para mim, um desabafo, um ombro amigo, para quem contamos os melhores segredos, descarregamos as piores tristezas e deixamos as maiores saudades.
Ainda não me convenci por completo, mas imagino que tenho “jeito pra coisa”. Escrever não é difícil, mas também não é tão fácil. Não são só alguns pontos e acentos em seus lugares. É mais que isso, é cativar o leitor. Fazê-lo perceber que em algum lugar desse universo tão imenso, com distâncias inimagináveis, exista alguém que faça-o se sentir em casa onde quer que esteja. E ainda deixe-o com o pensamento de que esse mundo é pequeno.
Pode parecer muita audácia, contudo, acredito que todos temos algo à ensinar...sempre, porque estamos aprendendo a todo momento também. Tudo o que acontece à nossa volta é resultado de algo que praticamos anteriormente. E é importante compartilharmos esses resultados. Então, ofereço minha bagagem de mão (da mão que escreve, que digita, que cumprimenta, que acena, que “joga beijos”, que carrega, que apoia, que enxuga as lágrimas, que dá o tapinha nas costas).
1° passo – Dê literalmente um passo, rumo à lugar nenhum, ao desconhecido, visite um lugar onde nunca esteve, ou mesmo um que nunca teve vontade de conhecer, você pode se surpreender.
2° passo – Observe e aprenda. As mesmas pessoas que cruzam com você todos os dias não estão ali por acaso. As situações ruins não acontecem porque você acordou com o pé esquerdo (pior se tivesse acordado sem nenhum). Há muita coisa implícita nos padrões socialmente aceitos e tudo se conecta de alguma forma.
3° passo – Acredite na sua idéia. Nasceu de você, é um filho. Você deve ser a primeira pessoa a dar um carinho especial, atenção merecida e confiança, antes de deixá-la caminhar para o mundo.
4° passo – Mantenha seus objetivos em mente. Mesmo que eles variem às vezes, eles são seus. Não deixe ninguém fazer você se sentir como se não merecesse o que quer.
5° passo – Coloque para fora. Não tenha vergonha, desabafe, relate suas descobertas, suas análises, conquiste seus leitores.
Com cinco passos, é possível chegar perto de quem espera, correr para um abraço, fazer andar uma fila, derrubar alguém, entrar ou sair do garrafão, fazer um touchdown, aparecer em uma fotografia, evitar tomar chuva, virar uma esquina...
Cinco passos te levam à algum caminho, se pular algum, certifique-se de suas pernas são fortes o suficiente. O destino fica à seu critério. Boa viagem.