A livraria, que alegria. Um universo de pura cultura. Mas não julgue o livro pela capa. Ás vezes a vontade é sumir do mapa.
Ficar escondido no meio dos dicionários procurando significado para o mundo solitário, repleto de otários ao seu lado.
Gente muito acomodada que se diz abandonada, e só sabe reclamar se não ouvir um “Posso ajudar?”.
O vendedor vende dor, mas não se auto-ajuda, percorre todo o corredor para ver se sua sorte muda.
Seu sorriso de vitrine recepciona o cliente, mas o fundo dos seus olhos mostra algo diferente.
Um segredo, um recorde, a semente da vitória.
Então encomenda outra história, em vão e vê que tudo não se passa de um sonho... numa noite de verão.
Vira as costas, deixa a livraria. Bate o cartão e vira a página do seu dia.