quinta-feira, 4 de novembro de 2021

São 5h30 da manhã e eu ainda não aprendi a relaxar pra dormir. Nem a dizer não para as coisas que me tiram o sono assim. Nem a ganhar dinheiro. Em 35 anos.

Aproveitando que tá acabando o ano, meta para 2022: conseguir parar de trabalhar com personalizados e ter mais pronta entrega, sem precisar implorar para que gostem das minhas criações.

Vou tentar dormir

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Dia cinza que ficou cinza

Hoje é uma segunda feira chuvosa e eu amo um dia cinza. Neles eu levanto mais feliz da cama e nunca sei que horas são o dia todo, porque tá sempre levemente escuro e fresco, não tem como medir nada. Isso me dá uma sensação de liberdade.

Então abri a live da CPI da covid para ouvir enquanto trabalhava, numa forma de tanger o pensamento inconformado de uma alteração em um arquivo, solicitada pelo cliente. O depoimento de hoje é das vítimas da covid, não aguentei ouvir 5 minutos. Triste demais. Saí do vídeo e, dentre minhas inscrições, um vídeo novo do canal da BBC, com o ator RJ Mitte (o filho do Walter White de Breaking Bad) falando sobre todo o bullying que já sofreu por ter paralisia cerebral.

Na boa, nem o dia cinza tá ajudando a ter esperança na humanidade.

Sigo tentando...

domingo, 19 de setembro de 2021

O corpo é um templo?

Existe uma coisa muito errada em fazer as coisas pensando na recompensa.

Esse não é um texto sobre estética.

Pensa numa pessoa que comeu praticamente de tudo na vida, até o que não gostava, só pra quando estivesse mais velha, realizada, morando sozinha, se acabar em fast food com milk shake uma vez por semana. Eu vivi pensando nesse dia, eu comi cenoura pensando nesse dia.

Sempre achei que minha alimentação fosse ótima. Afinal, nunca tive grandes frescuras com o hortifruti. Eu como até jiló e berinjela, poxa. Só nunca fui fã de carne. E eu ia andando para o trabalho, fervia nas baladas, queimava calorias horrores.

Corta para... um dia cheguei aos 35, sedentária e fazendo pão toda semana na pandemia. É lógico que não ia dar bom. Mas também não deu ruim, ruim. Felizmente o Brasil tem uma benção chamada medicina preventiva e eu consultei com uma médica que levou isso à sério.

Cheguei com dores de cabeça e tonturas frequentes (eu não tenho dor de cabeça nem na TPM), e ela me pediu um checkup completão. Quando viu o TSH 3,99 (máx. 4,20), já falou pra gente acompanhar a cada 3 meses e eu cortar gordura e massa (só tudo que eu mais gosto).

Só que eu sempre tive esse medo de depender de alguém ou algouma coisa. Financeiramente, psicologicamente, fisicamente. Então, se ficar doente, no mínimo dependeria de remédio (e eu não tomo nem anticoncepcional). Não tem nada explicitamente proibido, mas tô competitiva comigo mesma. Cortei a batata palha industrializada e o chá mate (sim, ele não tem esse nome à toa) e diminuí refri, cerveja, sorvete, maionese e pão (inclusive, saudades).

Agora todo dia é dia de pratos coloridos. Eu adoro misturar frutas no meio da comida, invento drinks sem álcool e me arrisco em coreografias de música pop, porque até pensar em puxar ferro me deixa triste. Uma coisa de cada vez também, né? Quem venham os próximos exames (pra eu enfiar a cara num bigmac).

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Tá todo mundo de saco cheio

 Esse vai sem rima mesmo. Deu vontade de escrever. Minha mãe diz que guardar o que a gente sente pode gerar doenças perigosas. Não vale a pena arriscar. E, por não ter rima, nem buscas por palavras rebuscadas, vai ser mais descuidado e mais simples de entender. Será?

Eu sei que tá todo mundo cansado. Clichezeira essa que não para de aparecer no feed de cada um. A nossa geração, cria de malhação com Mocotó, não viu uma guerra, não sabe o que é sofrimento além de esperar meia noite para acessar a internet discada. A gente tem celular desde a adolescência praticamente. Mas estamos sempre cansados mesmo assim.

Não sei se todo mundo percebeu, pela raiz da palavra ou pelos noticiários, mas não é só o alecrim dourado que tá passando a pandemia com restrições de não poder viajar e ferver na balada. A gente tá passando tudo isso numa era com internet e delivery, poxa. No começo da pandemia eu liguei pra minha vó e ela contou um pouco de como foi passar a infância na segunda guerra mundial. Sério, gente, que vocês estão putinhos com não poder juntar a turma num rodízio?

Também tô cansada, de saco cheio, não tô me isentando não. Tô super de saco cheio da falta de respeito e da cobrança das pessoas. Acha que já tá de boa sair, passear, juntar pessoas, visitar? Vai. Mas não fica me cobrando. Não fica querendo que eu me sinta mal por não me sentir segura ainda. Criticar meu auto cuidado só faz com que eu não queira mais encontrar essas pessoas, mesmo as que eu gosto. Só respeita. Ninguém tá bem.


Em tempo: isso não é só agora. isso serve para cada "não quero" que não é aceito e respeitado. Às vezes a gente só não quer mesmo, não precisa ter um motivo, nem colocar a culpa em ninguém.