sábado, 5 de agosto de 2023

versão não definitiva

Tô tentando não segurar rascunhos e áudio notas que talvez nunca vá publicar. Reflexões que vão ficar perdidas por aí e que só façam sentido na hora da solidão. E então era mais uma madrugada em claro, rolando memes pra ver se me identificava com qualquer frase aleatória, quando apareceu "estou feliz sem você, mas ainda sinto falta das coisas que você nunca disse". Lembrei da listinha que preciso fazer para a terapia. Sobre o que é importante um possível par romântico ter pra mim, o que eu quero e não o que aceito. É mais difícil que parece, ainda mais nessa carência em que ando. Dei uma desabada, fiz a lista, revisei, ainda não sei. Coisas sérias demoram para ter versão definitiva, e talvez nunca tenham. Mas ainda me incomoda querer ouvir coisas que não dependem de mim para serem proferidas.

Desamor

Acho que eu nunca tinha deixado de amar tão rápido. Mas o que é o tempo para cada um, não é mesmo? Talvez eu tenha demorado e não tenha percebido. Ou então o desgaste me pegou num momento que qualquer coisa me deixaria irritada e assim acabou num instante. A real é que dói do mesmo jeito. E eu não falo de dor como uma coisa ruim. Algumas vezes é necessária para o aprendizado. E em todas as vezes é parte do processo todo que eu confesso que gosto. Se sentir tudo de bom vem acompanhado de algo chato em algum momento, eu ainda escolho sentir.

Mas então será que eu deixei de amar mesmo? Uns sim, outros não. Dias? Pessoas? Ninguém sabe.