quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Em ponto

Não sei mais dizer as horas. Arrisco inclusive a duvidar que o tempo esteja passando de fato. É tanta mesmice, tanto descaso, que me recuso a subir no bonde andando. Já sei mesmo que não vai para lugar algum. O relógio da praça tem a resposta bem ali, marcada por luzes fracas, debaixo do sol. Mas talvez eu tenha perdido as esperanças de que alguém fosse me responder as horas caso eu perguntasse. Assim, evito o relógio da praça também.
Não quero saber as horas, só quero ter tempo. E quem sabe, alguém sem pressa. Para me fazer companhia. E deixar o tempo escorrer de uma forma que a gente não sinta o passar das horas e calcule os segundos para o próximo encontro. Porque já passou da hora de ser feliz e eu não tenho mais tempo para desperdiçar.



Um comentário:

pri disse... [Responder comentário]

Para você também, Van! Que seja ótimo para todos!!! Beijoooo