Tô apaixonada, gente.
Acredito que isso não seja segredo pra ninguém, até porque todo mundo que lê aqui, ou me conhece pessoalmente já consegue perceber de longe, na minha cara, na linguagem corporal quando tô com ele, e agora nas minhas palavras. Sabe quando você torce tanto, mas não bota fé que realmente vai acontecer, depois de tanto tempo, tanto trauma e tanta vida? E eu sou uma macieira carregada, né? Preciso ir com calma pra não sufocar o outro com tanto sentimento acumulado. Se chacoalhar, cai tudo de uma vez. E nem dá pra aproveitar e fazer aquela torta pra comer quentinha com sorvete depois. A gente não quer isso. Quero aquele chamego gostoso das tardes de domingo, o bom dia ao vivo quando a gente acorda junto, a empolgação em começar um projeto novo, de quem quer que seja, os almoços nada planejados, as partidas de sinuca, e até os passeios com o cachorro dele (logo eu, que nunca nem liguei pra bicho, gente). Quando eu falei que nunca mais queria me envolver com quem não prezasse a comunicação tanto quanto eu, era ele que eu queria, sem saber quem ele era. Ontem fez três meses que aceitei um convite pro bingo e tive o encontro mais engraçado da vida. Agora me pego pensando nele todos os dias. Ele sabe disso. E diz que também pensa em mim. Essa reciprocidade é novidade e me dá um frio na barriga. A vida realmente presta.