sábado, 14 de abril de 2012

Sobre o tempo e nada mais


Sempre me faltou um pouco de egoísmo na relação, então...
Você acha mesmo que perco tempo falando de você?
Lógico que não.
Para mim, falar de você não é perda de tempo.
Em outro tempo, eu falava com você, e preferia.
Mas a gente se vira com o que tem, não é?
E não se iluda, não é nenhum sacrifício ficar sem.
Aliás, nunca estou sozinha, ao contrário de você que se sente só em meio a uma multidão.
Se sinto a sua falta? Não.
Sinto falta de nós, porque você comigo é muito mais legal que você sozinho, aceite isso.
Cheguei a pensar que nunca se importou de verdade. (E é muito triste pensar isso).
Dói. Mas dói como cortar o dedo com papel. Arde muito e a gente só percebe quando já está cicatrizando.
Então, se falar de mim, vou saber que estará pensando em mim e soará como música para os meus ouvidos, só que se eu não gostar da melodia, cuidado que posso estourar a caixa de som.


Um comentário:

Ana Andreolli disse... [Responder comentário]

sabe que tem um texto do Caio que eu PRECISAVA te mandar, perai, vou até procurar...

ACHEI

"Talvez, ele volte. Ou não..."

Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris.
Talvez, ele volte. Ou não...