domingo, 8 de abril de 2012

(V)azia



Então de vez em quando eu desacelero
Olho em volta, tanta gente. Olho aqui dentro, ninguém.
Penso no futuro, que sempre será futuro, e que não vem.
Rir é tão difícil às vezes, e o que fazer quando o ‘melhor remédio’ não está disponível?
Chorar como? Se as lágrimas secam antes de sair.
E o corpo arde por não conseguir sentir.
O mundo está diferente.
Parece que estou vendo por fora. E que lá dentro está tudo bem.
Todos juntos e felizes, nesse mundo que também era meu.
Mas o que estou fazendo do lado de fora?
Não tem mais ninguém sobrando, como eu.
Para que eu quero descer!
Eu e meus cabelos bagunçados, unhas por fazer e meus olhos brilhando sem escorrer.
Então de vez em quando eu desespero.
Espero o dia acabar, na ânsia do bem estar.
Só tentando me preencher.




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