domingo, 4 de maio de 2014

Se a saudade é a falta, por que transborda tanto?

O vazio é pouco, mas ao completar, fica cheio. Pela metade não queremos viver e transbordar pode ser demais?
Saudade, meros mortais, escorre pelos dutos corporais. Em um estado desconhecido de matéria, ou talvez apenas mutante. Enche copos, corpos, cabeças e buracos tão grandes e tão rasos,  que não se sente afundar, afogar. Que não se pensa em enterrar. Ou deixar escoar. No tempo. Aquele placebo perfeito, que vai apagar o que não deu "certo". Posto que errar é que ''humano''. E são tantos os enganos...
Porque o tempo é relativo. E o pensamento em relação a ele é de uma escassez...
Eu tenho pra mim que nada dá errado. Nem a insistência no passado. Penso que tudo dá certo. Por um ano, por um dia, por 19 segundos.. Tanto faz. Senão para que tentar?


Silverchair - Tomorrow

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