segunda-feira, 13 de maio de 2024

A fé que costuma falhar

A gente acha que a tristeza maior é quando o amor acaba, mas eu acho que é quando a esperança acaba. E não falo sobre se segurar num fio com aquela pessoa específica, naquele "quem sabe um dia". É sobre a esperança geral, com todo mundo. Que pode ter sido desencadeada pela pessoa específica. O ponto em que a gente para de acreditar que vai dar certo de novo, com quem quer que seja.

Por mais que eu leia, converse e até publique toda minha fé nos emocionados, ela não é tão forte mais. Tem dias que ela nem existe. Se relacionar depende de mais de uma pessoa. E a gente não manda no sentimento do outro, ainda bem. Mas, ao mesmo tempo, deseja essa troca e se frustra quando não tem. E, como a frustração também dói e uma hora essa dor causa uma exaustão tão grande em nós e nos que convivem com a gente, é melhor fingir ou desistir.

Eu não tenho mais esperança em acreditar que eu valho a pena pra alguém. Quando até quem diz que me ama, não faz questão de lutar por isso. E nem precisa lutar. Eu tava fácil, até demais. Sabe como é difícil a pessoa que você gosta gostar de você, ao mesmo tempo, no mesmo universo, sem barreiras impeditivas?  Uma em um milhão. Ou falar que ama já não é mais a mesma coisa em 2024? O que fizeram com os nossos verbetes e conceitos? Acho que esperei tanto que perdeu o encanto. E acabou com a minha esperança. Sobre tudo.

E não venha me falar de amor próprio nessa hora! Foda-se se parece fútil, mas o chamego que eu sinto falta é o que vem do outro, não tem jeito.

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