terça-feira, 17 de setembro de 2024
é assim que acorda pra vida
Assim que estreou no cinema, Bruno, meu psicólogo, recomendou que eu assistisse "é assim que acaba". Eu nem sabia do que se tratava. Duas das minhas irmãs tinham acabado de ler, então peguei o livro e devorei em quase 3 dias. Ainda não assisti, mas nem espero tanto do filme. Gostei do livro.
Então só na sessão de terapia dessa semana, mais de um mês depois, a gente voltou nessa pauta e ele perguntou se eu me enxerguei na história. Disse que não, porque eu não sofri as mesmas coisas, só que em alguns pontos fiquei me perguntando porque a protagonista, e eu, e tantas outras, aceitamos o que aceitamos.
A gente até pensa que sim, mas...
Ele não é tão compreensivo assim se cada vez que você desabafa ele diminui a sua dor.
Ele não te apoia quando faz você pensar que não tem condições de se proporcionar lazer, e só ele pode te dar coisas caras.
Ele não te escuta quando acha que só o que ele pensa é o certo.
Ele não te respeita quando te dá atenção só quando tá sozinho ou longe de outras pessoas.
Ele não te ama quando te priva de uma vida sexual.
Ele ri na sua cara quando reclama que a vida tá ruim, diz sentir sua falta, segura você interessada e age na contramão de tudo isso.
E eu não me respeitava, quando permanecia totalmente disponível, só aguardando aquela gotinha de água que ele trazia de vez em quando, enquanto eu morria de sede o resto do tempo. Porque em todas as oportunidades que tive, sempre escolhi ele e ele nunca me escolheu.
Sempre achei triste casais que se tornam estranhos, gente que bloqueia, depois de tanta intimidade. Hoje eu entendo que às vezes é a única solução pra doer menos.
2 comentários:
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Doi lê isso que sei que tem muito amor, ja pensou em ter uma conversar com ele e falar cim tosa clareza tudo que ele fez vc sentir, talvez abra a mente dele ver i incrível que esta perdendo aos poucos, talvez também tem amor la
Forço muito por vcs linda historia de amor - 17 de setembro de 2024 às 07:51
- pri disse... [Responder comentário]
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Já conversei tudo que tinha que conversar, antes de acabar. Agora não faz sentido. Já temos outras vidas. E eu não quero ele. Sempre prezei pelo diálogo aberto. Ninguém é obrigado a ficar com ninguém e foi assim que acabou pra gente. Tá tudo bem. Só quis escrever porque perdi o sono. Mas nunca quis voltar com ele, nunca me arrependi de terminar. Não conheço mais ele. Não amo mais ele. A gente nem conversa. Parece triste mas é o que é. E existe muito mais gente no mundo.
- 17 de setembro de 2024 às 10:51
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