sexta-feira, 2 de agosto de 2013

De caso não pensado

Eu pensei que o tempo iria consertar. Como se algo estivesse quebrado. Que quando entendesse, iria passar. Como se eu tivesse sonhado. Pensei que a distância iria ajudar. Como se alguém estivesse trancado. Pensei demais ao pensar. Se ao menos nem tivesse pensado... Já que não via nada de errado. Ou se houvesse como pensar direito. Me pouparia da dor no peito. Aliás, quem vê erros no amor? Então não culpemos a personagem por saber menos que o narrador. Aos meus olhos, ao meu coração. Nada te tiraria de circulação. Nem do espaço, do tempo, das minhas veias, livremente! Das vontades que se tornaram sonhos pra gente. Perdoe se perdi o controle, se algum dia meu abraço foi uma prisão, essa não era a intenção. Se minhas palavras lhe pareceram venenos. Ah, como às vezes eu queria ser menos! Pra que você parasse de se reduzir, e a gente pudesse crescer e ir. Até a lua, ida e volta. Ou em qualquer lugar que existíssemos no passado. E se tivesse olhado por outro lado, eu que teria terminado.



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